terça-feira, 10 de julho de 2012

Ode ao GARFO

Estava aqui meditando entre "goladas" milimétricas, que o homem, pelas graças do Senhor, inventou algumas coisas maravilhosas. Verdadeiras obras de arte perfeitas, onde se unem a matemática e a percepção extrema além de muito amor.
Uma peça única de metal, fina, comprida, roliça,de mais ou menos 20 cm, torna-se nas mãos do artista, um objeto de desejo de todos os homens.....mais ainda, de quem passou pela esperada, invejada e ainda incompreendida cirurgia bariátrica.
Achatada na ponta, com um ligeiro arqueado no meio, subindo docemente ... suavemente, em direção ao centro e terminando em uma descida vertiginosa em pequenos dentes, separados com carinho e esmero....4 pequenos dentes que farão a felicidade de quem tem esse valioso instrumento nas mãos. Afastados uns dos outros mas sempre unidos, lembram os dizeres dos 3 Mosqueteiros = “Um por todos, todos por um “ ; andando juntos e olhando na mesma direção, eles são os campanheiros mais invejados desse mundo pequeno dos esfomeados. Esfomeados ? Não, mas necessitados de fazer os maxiliares se juntarem felizes em uma mordedura fatal e feliz.
Oh gloriosos dias em que esse instrumento andava disponivel para todas as refeições. Por que não te dei o merecido crédito ? Por que abusei da sua boa vontade ?
Se assim não o tivesse feito, hoje estaria tranquila com voce em minhas mãos, não tendo que passar por essa saudade insana que arde em meu peito e em meu estômago.
Tomara as pessoas se conscientizem e façam de voce um amigo e nunca um escravo. Que elas o usem com amor, carinho, reverenciando sua função e nunca o acumulando de serviço.
Mas, breve voltarei a tê-lo por companheiro e o terei na mais alta consideração, respeitando-o e cuidando para que nunca se exceda.
Palavra de uma futura ex-gorda.

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