sexta-feira, 9 de março de 2012

Estranho homem que tu és.


Estranho homem que tu és.
Queres faltar em meus dias e aparecer de repente sem ao menos
Avisar-me que ainda existo em tua vida.
... Eu e quantas mais?
Eu e quando?

Qual é o meu momento...
O dos beijos que sobraram?
O dos minutos fugazes?
E onde fico eu?
E onde fica minh´alma?
A quem eu direi te amo?
A um homem que ainda não sabe o que é o amor?
A um homem que busca momentos?

Cultivar o crescimento afetivo exige vivências,
Cumplicidade.
Engajamento.
A superficialidade e a fugacidade
São bichos que corroem,
Que comem os relacionamentos sem raízes sólidas.
Sem responsabilidade.

Assim fico à deriva,
Insegura,
Sem saber o que esperar.
Penso: Melhores dias virão,
Já que sou otimista.
Já que não pertenço à outra pessoa,
Pertenço a mim.
Ao meu coração,
Aos meus dias.
Às minhas lembranças.

O sol brilha e não estás do meu lado.
A noite cai e eu a acolho sozinha.
Não dá para lidar com quem não sabe o que quer.
Não dá para esbanjar momentos preciosos,
Sem comprometimento,
Nem um mínimo de respeito.

Seja.
Mas Seja completo.
Não meio coração,
Meia cabeça,
Meio corpo.

Olho para o céu e peço Paciência
Com este estranho homem que tu és.

Kalliroe Moissopoulos/2010

Um comentário:

  1. Parabéns Naila. Ficou linda a paginação. Tenho um livro novo para editar, com todas as poesias já registradas. Preciso de uma editora. me ajuda a encontrar. Estou indo para Chicago, volto dia 26. Vem passear um pouco aqui. Vou te aguardar. Beijão kalli

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